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Mostrando postagens de abril, 2024

Conto: UM AMANHECER ATÍPICO - Pt. 1

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  UM AMANHECER ATÍPICO   Eleonora acordou para mais um dia em sua atribulada vida de gerente de uma seguradora, porém, ao acordar, notou seu quarto diferente. Primeiro, estava deitada em uma cama de casal, não se recordava de tê-la; depois, as paredes estavam uma cor diferente, mas parecida com a que ela mesma pintara. Assustada, se levantou, foi ao banheiro e tomou um susto: Um homem tomando banho em seu chuveiro, mas quem era ele? Correu e voltou ao quarto, recuperou o fôlego, foi à cozinha e teve quase uma síncope ao ver uma garota de uns 20 anos lhe dizendo: "Bom dia, mãe! Que cara de susto é essa?". Sem saber o que responder, correu de volta ao quarto, abriu a porta e encontrou o tal homem nu, mas para sua surpresa, era seu ex-namorado de 20 anos atrás. Ela achou que fosse infartar. Ele tentou agarrá-la e ela, enfim, correu para o banheiro e se trancou, se olhou no espelho e outro choque: estava com os cabelos loiros e com mechas!! Aí ela deu um grito e se sentou no vaso

Ensaio nº 8 - A LITERATURA NOS TRÓPICOS

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  Considerando o conceito de Antônio Cândido em seu texto “Literatura e Subdesenvolvimento” - que traça um panorama geral da literatura hispano-americana de formação, contando com exemplos da influência sofrida pela literatura europeia, responsável pela formação do cânone literário brasileiro assim como de outros cânones dos países vizinhos, “encaremos portanto serenamente o nosso vínculo placentário com as literaturas europeias, pois ele não é uma opção, mas um fato quase natural” (Cândido, 1989, p.151) -, podemos dizer que Alberto Moreiras (2001, p. 203), em “A exaustão da diferença” está equivocado em sua afirmação: "o imperialismo de ordem política e econômica deve ser rejeitado, enquanto o imperialismo de ordem cultural deve ser, ao contrário, completamente aceito, para que, através de uma total apropriação de formas culturais eurocêntricas, a dependência possa evoluir para algo diferente em si”? Diante do que Antônio Cândido já nos apresentou na “introdução” de “Formação

Ensaio nº 11 - OS ASPECTOS DA NARRATIVA DO ROMANCE MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR, DE OSWALD DE ANDRADE

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    OS ASPECTOS DA NARRATIVA DO ROMANCE MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR DE OSWALD DE ANDRADE   A obra Memórias Sentimentais de João Miramar , classificada no gênero romance, foge às regras habituais dessa classificação, atendendo a proposta modernista de romper os padrões estéticos da escrita brasileira já consagrados e calcificados, mostrando-se uma vanguarda na literatura brasileira por trazer características novas, radicais e, de certa forma, perturbadoras, bem distintas, principalmente por ser essencialmente urbana e pelo estilo telegráfico apresentado na forma de uma prosa cinematográfica, descreve suas memórias em uma estética fragmentária, não sendo dividido em capítulos, mas em episódios-fragmentos, numerados, “é o verdadeiro ‘marco zero’ da prosa brasileira contemporânea, no que ela tem de inventivo e criativo” (CAMPOS, 1971, p.12) . Mal compreendido em seu lançamento, no ano de 1924, criaria um hiato de quarenta anos até a sua primeira reedição, em 1943. Chegou a