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Mostrando postagens de junho, 2024

Poema: PALAVRAS

  PALAVRAS De que valem as palavras se quem amo as ignora? Esvanecendo em gélidos ventos, faz-me estremecer; Entre os abandonados cômodos de minh’alma a uivar e correr; Hoje, morada de cinzentos fantasmas, onde antes, aurora.   De que valem as palavras se não chegam aos corações? Frias almas, ignoram; brutas, praguejam; jocosas, riem; Tépidas, não sentem; torpes, distorcem; envenenadas, mentem; Prantos, gritos, lágrimas, resultantes das mais vis intenções.   De que valem as palavras quando cegos as leem? Iletrados sentimentos vivem suas desérticas existências; Inertes, não sentirão seu calor e suas essências; Nem viajarão pelos sinuosos caminhos que as detêm.   Amor, ódio, conquistas, derrotas, ferozes batalhas; Vida, morte, crime, justiça, eternas mortalhas; Rebeldes são as palavras, a ninguém obedecem nem pertencem; Folias, disparates, apenas aqueles, tachados de loucos, as entendem.   Desde que Prometeu o fogo nos dera, escrevo. Desde que

Poem: BEYOND WHERE THE WAVES BREAK

BEYOND WHERE THE WAVES BREAK   There, beyond where the waves break In the open sea, I float far away from the shores It's only me and other human sounds no more Peaceful winds of  thoughts ceasing my heart's ache There, beyond where the waves break The sun shines over my body keeping me awake Floating, rowing, coming and going A bird sings me a song that keeps echoing    Me, an island of my own self Free from those proud words on a dusty shelf Reviving the memories of the beautiful Delft No boat could go so far from that land No heart would be touched again by that cold hand No person has ever gone far beyond the world's end

A MATRIZ, por T. E. LAWRENCE

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  Seguindo com A MATRIZ, finaliza-se a análise das duas obras mais famosas e historicamente relevantes de T. E. Lawrence. Escrito a partir de 1922, porém publicada postumamente, apenas no ano de 1955, a pedido do próprio autor que afirmou que o livro não deveria ser publicado até depois de sua morte, cuja nota introdutória de seu irmão, A. W. Lawrence, para a edição inglesa, ele explica que editou o texto para publicação e uma carta de T. E. Lawrence para E. M. Forster (renomado romancista e ensaísta britânico), essa explicação é resumida: "ele se sentiu incapaz de publicar o livro por causa do 'horror que os companheiros comigo na força sentiriam se eu os entregasse... então The Mint não será distribuído antes de 1950".  A. W. Lawrence ainda tomou a precaução adicional de substituir "novos nomes" na edição expurgada por personagens do esquadrão de A/c Ross "em todas as passagens que pudessem ter causado constrangimento ou angústia"¹, observando que se

OS SETE PILARES DA SABEDORIA, por T. E. LAWRENCE

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                                                                      Capa da edição inglesa    De todos os livros que já li, o que não são muitos, infelizmente, não sou um devorador literário nato, mas tardio, já fui muito preguiçoso, porém, felizmente, consegui mudar isso, pois, jamais leria um livro de 894 páginas nos primórdios do meus tempos de leitor (ainda não inveterado) e sem sombra de dúvidas, esse é o mais desafiador até o presente momento. Nas névoas da minha ignorância, antes de lê-lo, eu pensava que a personagem Lawrence da Arábia era apenas uma personagem ficcional criada para o cinema e felizmente estava errado, ele realmente existiu e nos brinda com esta gema de obra que poucos ousam lê-la, afinal, quem tem tempo e paciência para digerir tantas páginas se não gostar de História, nem Geopolítica, nem de histórias épicas modernas, pois, podemos comparar Lawrence a Ulisses, Aquiles, Teseu, enfim vários heróis das mitologias greco-romana, contudo, ele foi bem real e bem h

T.E. (THOMAS EDWARD) LAWRENCE, ou LAWRENCE DA ARÁBIA

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T. E (THOMAS EDWARD) LAWRENCE, ou como é mais conhecido, LAWRENCE DA ARÁBIA (16 de agosto de 1888 – 19 de maio de 1935) , foi um arqueólogo britânico, oficial do exército, diplomata e escritor que se tornou conhecido por seu papel na Revolta Árabe (1916–1918) e na Campanha do Sinai e da Palestina (1915–1918) contra o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial. Arqueólogo de formação em História no Jesus College, Oxford, onde concluiu sua tese sobre construções militares medievais na Inglaterra, País de Gales, França, Síria e Norte da Palestina (Hoje Israel). Após concluir sua graduação em 1910, ele escreveu o livro Crusader Castles (Castelos dos Cruzados) , apenas publicado postumamente em 10 de maio de 1936, limitada a 1.000 edições, aproximadamente um ano após sua morte, o que, de fato, é a sua tese na íntegra e pode ser encontrada disponível na internet, em inglês, cuja abrangência dos estudos apresentados no livro cobre as três primeiras Cruzadas (1095-1193) , definindo o